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Com folga de 35% na produção de água, Capital não tem risco de crise hídrica, garante concessionária

  • Camila Fernandes e Raul Delvizio
  • 24 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

Presidente da Águas Guariroba, José João de Jesus, fala da realidade das águas subterrâneas de Campo Grande.

Campo Grande não corre risco de enfrentar uma crise hídrica como na região sudeste, segundo afirmou o diretor-presidente da Águas Guariroba, José João de Jesus. Durante o 1º Simpósio de Águas Subterrâneas de Mato Grosso do Sul, ele assegurou que as precauções necessárias já foram tomadas.

“Fizemos investimentos técnicos para suprir a demanda de água dos mais de 800 mil habitantes, até mesmo em época de seca”, afirma. Metade do sistema de abastecimento, segundo ele, usa captação superficial, pelas represas dos córregos Guariroba e Lageado. Os outros 50% correspondem aos 140 poços tubulares profundos localizados nos aquíferos da região, como o Guarani. “Hoje nós temos a capacidade ociosa de 35%, ou seja, podemos produzir mais do que o consumo campo-grandense”.

Na palestra “Importância das águas subterrâneas para o abastecimento público em Campo Grande”, o presidente da concessionária falou principalmente sobre a questão da contaminação das águas por poços clandestinos e fossas não conectadas à rede de esgoto.

“Nós [da empresa] não temos poder de polícia, mas notificamos o infrator e repassamos as ilegalidades ao Ministério Público”. Nos bairros onde existe esse hábito, medidas educativas e ambientais são realizadas, conscientizando sobre a importância que é utilizar água limpa e ter o esgoto tratado em local adequado.

Um levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) mostrou que nos últimos anos, as internações por diarreia caíram 86% na Capital. A Águas Guariroba acredita que a instalação de rede coletora de esgoto e despoluição do subsolo, que atinge 75% da população, tenha contribuído. Até 2020, a empresa deve estender o serviço para 100% dos campo-grandenses.

Benefícios - A importância das águas subterrâneas no abastecimento público da Capital e no estado foi destaque em outra palestra. O gestor de processos de hidrogeologia da Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul (Sanesul), Antonio Carlos Benatti discorreu sobre a vantagem da captação de águas do subsolo, já que 66,5% do abastecimento no estado vem desse recurso.

“Essas águas são mais protegidas e a qualidade é quase a de mineral, o que dispensa tratamento intensivo. Para se ter uma ideia, apenas trata-se com cloro e flúor, conforme exigência de potabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA)”, afirma.

Sobre o gerenciamento dos poços, o gestor explica que existe um plano de estudo e de perfuração por meio de uma documentação ambiental. “A maior dificuldade está em ‘achar’ esses poços, pois muitos podem ser improdutivos, captando nenhum volume hídrico”.

Benatti ressaltou que a maior destinação dessas águas é pela dessedentação de animais, quando eles saciam a sede em locais onde se acumulam água, como bebedouros, lagos, ribeirões e açudes. Em segundo lugar vem a irrigação, e logo depois o abastecimento para a população sul-mato-grossense.

SERVIÇO

O 1º Simpósio de Águas Subterrâneas de Mato Grosso do Sul é realizado entre os dias 22 e 24 de março, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, localizado na Av. Waldir dos Santos Pereira, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Mais informações pelo telefone (67) 3345-7492 ou pelo e-mail lasac.ufms@gmail.com.


 
 
 

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