Especialistas apresentam panorama das águas subterrâneas em Mato Grosso do Sul
- Bárbara Cavalcanti, Raquel de Souza, e Tayana Vaz
- 24 de mar. de 2015
- 2 min de leitura
Edição: Raquel de Souza
Encontros sobre águas subterrâneas são realizados desde a década de 90 em Mato Grosso do Sul, com participações de países como Bolívia e Paraguai. O tema volta à pauta de discussão em um debate que envolve academia, agentes políticos e a sociedade em geral no 1º Simpósio de Águas Subterrâneas do estado. As primeiras palestras no segundo dia do evento traçaram um breve histórico de estudos, pesquisas e eventos sobre a questão no estado.
Segundo o professor da UFMS Giancarlo Lastoria, as principais instituições envolvidas em parcerias que deram início a esses projetos foram a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso e a Companhia Estadual de Saneamento do Estado de Mato Grosso, ainda antes da divisão do Estado.
A pesquisa mais recente é de 2014 e trata de uma revisão sobre o Aquífero Guarani. "Não adianta termos apenas estudos de áreas amplas, como da América do Sul ou das regiões próximas. As águas daqui têm características diferentes e por isso precisam de estudos próprios", ressalta Lastoria.
Preservação - A geóloga Adriana Niemeyer, especialista em recursos hídricos da ANA (Agência Nacional de Águas), apresentou os resultados do "Estudo da Vulnerabilidade Natural à Contaminação e Estratégias de Proteção do Sistema Aquífero Guarani nas Áreas de Afloramento", com foco na área piloto de São Gabriel do Oeste, envolvendo também cidades como Camapuã e Rio Verde.
A pesquisa envolveu identificação das áreas de afloramento, cadastro de poços, de fontes potenciais de contaminação e mapeamento do uso e ocupação da terra, dentre outras atividades.
Mato Grosso do Sul tem vulnerabilidade alta. Por meio da análise, foram propostas áreas de proteção para evitar a contaminação do Aquífero Guarani. "São necessárias políticas públicas do estado e do município para não implantar atividades de alto potencial de contaminação nessas áreas", explica.
Produto - Antônio Barsotti, representante do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), abriu a terceira palestra do dia falando sobre o decreto de lei 7841 que define as águas minerais como sendo aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que tenham composições distintas das propriedades físico-químicas das águas comuns.
Com a evolução das metodologias e análises nessa área, segundo ele, alguns elementos surgiram, como a classificação que acusa substâncias raras nas águas fluoretadas.
Assim, o DNPM tem trabalhado para promover o planejamento e o fomento da exploração mineral, para superintender as pesquisas geológicas, minerais e de tecnologia mineral e controlar e fiscalizar o exercício das atividades de mineração no território nacional, dentre outras atividades.
SERVIÇO O 1º Simpósio de Águas Subterrâneas de Mato Grosso do Sul é realizado entre os dias 22 e 24 de março, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, localizado na Av. Waldir dos Santos Pereira, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Mais informações pelo telefone (67) 3345-7492 ou pelo e-mail lasac.ufms@gmail.com.
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